PASSO DE CAIFÁS

"Aqui se considera a casa de Caifás onde Cristo S. N. foi açoutado e desprezado e foi por esta rua acima para casa de Pilatos."

PASSO DE ANÁS

"Aqui se considera a casa de Anás, onde o redentor do mundo foi apresentado e perguntado de algumas cousas, o Senhor respondeu a verdade, um dos soldados lhe deu uma cruel bofetada, dizendo-lhe: assim respondes ao Pontífice? E foi para casa de Caifás."

PORTA DE SILOÉ

"Aqui se considera a primeira porta da cidade chamada Siloé, por onde Cristo S. N. entrou preso com grande Ruído e alvoroço para casa de Anás."

PASSO DA PONTE DO CEDRON

"Aqui se considera a ponte do rio Cedron, por onde Cristo S. N. passou e os tiranos o lançaram abaixo sobre as pedras que estavam no rio e ficaram os sinais impressos como se vêem no dia de hoje."

PASSO DA PRISÃO

"Aqui se considera o lugar onde Judas traidor entregou à prisão a Cristo S. N. vindo do Horto com seus discípulos e o levaram preso com grande estrondo e alvoroço à cidade de Jerusalem, tendo-o por malfeitor e amotinador do povo."

PASSO DO HORTO

"Aqui se considera o horto onde Cristo S. N. orou e suou sangue com grande agonia e foi confortado pelo anjo."

Iniciam-se aqui os passos da Prisão de Cristo.

PASSOS DA VIA-SACRA

A via-sacra do Buçaco compõe-se de vinte passos, assinalados por pequenas capelas.
Está dividida em duas partes. Uma representa os passos da Prisão e a outra os da Paixão de Cristo.
Foi aberta pelo Reitor da Universidade, Manuel Saldanha, por volta de 1644, conforme se pode ler numa lápide colocada junto da ermida de S. José.
Inicialmente, as diversas estações eram representadas por uma cruz de madeira com um letreiro alusivo à mesma.
Apenas em 1694/1695 se viriam a construir as capelas, por ordem do Bispo-Conde D. João de Melo.
Substituindo as pinturas que representavam as várias cenas, no início do séc. XVIII, D. António de Vasconcelos e Sousa, Bispo de Coimbra, promoveu a instalação de figuras de vulto nas capelas. Ao que parece, seriam de má qualidade o que levaria à renovação das mesmas.
Após a extinção das Ordens Religiosas em 1834 e com a abertura da mata à população, as figuras foram alvo de vandalização.
No final do séc. XIX, Rafael Bordalo Pinheiro, viria a desenvolver um novo conjunto de esculturas para as capelas, as quais não foram aplicadas no Buçaco.
A partir de 1938 o escultor António Augusto da Costa Mota (sobrinho) elaborou as imagens que ilustram actualmente as Capelas da Paixão de Cristo.

O REGRESSO ÀS ORIGENS

Segundo alguns historiadores:

Buzaco > Buzzaco >Buzzako > Buzacho > Bussaco > Buçaco

Sublaco > Blusaco > Busaco > Buzaco > Bussaco

Boscum Sacrum > Boscu Sacru > Bos sacru > Bos sacu > Bossaco > Bussaco

Mais do que a sua origem,
a importância está na sua riqueza,
na sua beleza,
na sua preservação.